Livre Queda
Carne, sangue, uma parede quebrada
Um sol que mata, uma mata que sofre
Um deslize do homem, uma sombra amarga
Um gesto em vão, escrever aos surdos, aos mudos e aos ceus
Um momento de glória, Maria, Nossa Senhora
Um horror de guerra, uma tregua sem linguas, sem papas
Sanidade, uma pena, uma do, que desfarça
Uma muda, que muda a esperança
Que brota, que surge, nas algas
Nos mares mais limpos
Uma vida que surge em meio ao lixo
Um quilo, uma grama, outra morte, por isso
São novas as modas, os modelos
Em volta, uma cortina que não abre, que prende a demora
E surge um canto, uma poesia, um pássaro
Tão longe, tão belo, tão manso
Um riacho, que corre e abre caminhos
Uma vertente, um sinal que em nossa mente
Inflama, supera, desprende, num desmanche