DESCULPE
( OU SONETO PARA UM SÓ NETO )
Não, não fale a ninguém que morri
Se quiser, sim diga que eu passei
Então, cada um descubra por si
Ora, quiçá talvez eu escorreguei
E dei com a cabeça no além
Diga que estou passando bem
Que eu agora virei um ninguém
Que fui para aonde tudo vem.
E se alguém um dia quiser me ver
Diga-o, é logo alhures, ali
Aonde ele agora se retém
Desculpe, morri mas foi sem querer
Assim eu digo aonde eu caí
Enfim, agora eu sou um alguém!
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Salvador-BA, 15/04/21.
Alorof.