Não nasci poeta.
A poesia me pariu no mundo.
Correm em minhas veias
versos controversos,
rimas torpes e
assimetrias semânticas.
Não nasci poeta. Nem poetisa.
O lirismo foi a contração uterina
que me arremessou na vida.
A contemplar nuvens e tristezas.
A observar pessoas e animais.
A burilar sentimentos
por conta da ventania.
Ou seria nostalgia?
Correm em meu corpo
uma alma fugidia.
Fluída e frágil...
Que chora sem verter lágrimas.
E, derrama lágrimas como
se regasse o jardim.
Nem todas as dores são necessárias.
Tem dias, que a gente não sente.
Tem dias que a gente se ressente.
Dá uma saudade danada de tudo.
Até de gostos ruins.
Do jiló ao néctar dos deuses.
Então, desço do meu Olimpo imaginário.
Na corda bamba dos dias...
Caio bem no meio dos mortais.
E, ressuscito todas as manhãs
para colecionar os raios do sol.
Não nasci poeta.
A poesia é que minha mãe.
A poesia me pariu no mundo.
Correm em minhas veias
versos controversos,
rimas torpes e
assimetrias semânticas.
Não nasci poeta. Nem poetisa.
O lirismo foi a contração uterina
que me arremessou na vida.
A contemplar nuvens e tristezas.
A observar pessoas e animais.
A burilar sentimentos
por conta da ventania.
Ou seria nostalgia?
Correm em meu corpo
uma alma fugidia.
Fluída e frágil...
Que chora sem verter lágrimas.
E, derrama lágrimas como
se regasse o jardim.
Nem todas as dores são necessárias.
Tem dias, que a gente não sente.
Tem dias que a gente se ressente.
Dá uma saudade danada de tudo.
Até de gostos ruins.
Do jiló ao néctar dos deuses.
Então, desço do meu Olimpo imaginário.
Na corda bamba dos dias...
Caio bem no meio dos mortais.
E, ressuscito todas as manhãs
para colecionar os raios do sol.
Não nasci poeta.
A poesia é que minha mãe.