Um caminho de poeira, sol e vida
Amanhecia diante de mim.
Uma manhã silenciosa, azul, fulminante.
As pétalas das rosas voavam do florido jardim de casa
E caiam no rio cintilante e profundo,
Boiando feito as almas torturadas pela tragédia
Da falta de liberdade na qual morriam por pensar.
Eu caminhava por um ramal de terra amarela
E sentia na pele a ardência do sol de meio dia,
Caminhava sozinho alimentando-me pela poeira
E pelos devaneios dos loucos ausentes em meus pensamentos.
Havia em meu coração uma dor: saudades!
As palavras duras da vida em meu destino de pobre poeta,
Cortando a faca a arte transcendental e invisível: a dor!