Um caminho de poeira, sol e vida

Amanhecia diante de mim.

Uma manhã silenciosa, azul, fulminante.

As pétalas das rosas voavam do florido jardim de casa

E caiam no rio cintilante e profundo,

Boiando feito as almas torturadas pela tragédia

Da falta de liberdade na qual morriam por pensar.

Eu caminhava por um ramal de terra amarela

E sentia na pele a ardência do sol de meio dia,

Caminhava sozinho alimentando-me pela poeira

E pelos devaneios dos loucos ausentes em meus pensamentos.

Havia em meu coração uma dor: saudades!

As palavras duras da vida em meu destino de pobre poeta,

Cortando a faca a arte transcendental e invisível: a dor!

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 03/04/2021
Código do texto: T7223349
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