A Cruz não é de Madeira - Hipocrisias - LXV

Eu nunca

cri nos seus

verbos metodicamente

esvoaçantes,

eu nunca cri

nos seus saberes

engolidos a seco

e regurgitados

aos fracos;

eu vi tua

imagem fria

no fundo do teu

olhar desconexo.

Eu te vi

e mesmo assim

beijei suas sombras.

Eu te vi

e mesmo assim

abracei seus medos

e anseios.

Eu te vi

e mesmo assim

desejei tuas

tempestades.

Eu te vi

e mesmo assim

tive a coragem

de morrer para

amar-te.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 09/03/2021
Reeditado em 19/03/2021
Código do texto: T7202900
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