O LOBO
Era madrugada...
Sai por aí...
À procura de nada...
Sedento, carente...
Vagava a esmo...
Sangue quente...
Rua vazia, deserta...
Noite clara,
Lua cheia...
Um perfume me alerta...
A libido no ar,
uma janela aberta...
Espreito...
Salivo...
Engulo seco...
Mas...
Não pude...
Confesso...
Não pude...
Teu encanto...
Era demasiadamente...maior...
Meu desejo se desfez...
Como neblina...
Nas manhãs...
Aos primeiros raios do Sol...
O orvalho fresco...
Daquela noite morna...
Condensou em meu rosto...
Meu corpo tremia...
Minhas mãos ávidas...
Seguiam meus olhos...
Contornando seu corpo...
Tuas curvas, montes...e vales...
Me perdi...
Era fêmea,
com F de flor...
Obra prima...
Não pude,
tocá-la...
Não podia...
Confesso,
meu pecado...
Despida ela dormia..!
Bene