A Cruz não é de Madeira - Hipocrisias - LVII
Um resto
de tempo
no nosso
tempo passageiro,
passam em
vão os dias,
passam em
vão as estrelas,
passam em
vãos os sonhos
e os frutos
doces nas
árvores;
no baú,
lembranças
de fragmentos
de dias coloridos
sem a intrépida
razão.
O riso passa,
a lágrima passa,
passa também
o velho moço
com sua saudade
contida.
Passa a
chuva no
jardim esquecido,
passa
tudo que passa.
Passamos
eu e você
sem nos darmos
conta da nossa
curta viagem.
Fim da
linha,
poesia forte.