XXI - Corruptela III - Ethos de uma Alma Invertida
III
Senti o seu corpo
Junto ao meu e
O calor que me
Aquecia era, para mim,
Também uma morte.
Dei-lhe um beijo
No pescoço e o
Anjo ainda me
Sorria, alegre.
Seu calor era meu...
Seu corpo, agora mole
E morto, também era meu.
A sua essência era minha...
Fiz, de seu corpo,
A mais bela imagem
Do meu Jardim Selvagem.
Suas belas asas abertas,
O seu corpo desenhado,
Os cabelos levemente esvoaçantes...
O olhar petrificado, mas vivo e
O sorriso nos lábios...
Em seus pés, a inscrição:
"Aqui jaz o Anjo Belo,
Neste Jardim Selvagem,
Tomado pelo Corruptor de Anjos"