Poeta marginal
Eu sou um viciado, um drogadicto,
que fuma poesia nas esquinas,
e soca pó de livro nas narinas,
só para sentir a dor do infinito.
Eu sou um viciado, admito!
que bebe do orvalho da aurora
e sonha, até a lua ir embora,
que o sol há de nascer bem mais bonito.
Eu sou um traficante de emoções,
dos guetos mais remotos do Parnaso,
que rouba a beleza do ocaso
e vende à arte pura de Camões.
Eu sou um meliante em extinção:
um velho Robin Hood da paixão
que furta um amanhã a cada dia.
Um bandido sem arma e sem maldade
que tenta, a todo custo, mesmo tarde,
roubar, da rima rica, a poesia.
Eu sou um viciado, um drogadicto,
que fuma poesia nas esquinas,
e soca pó de livro nas narinas,
só para sentir a dor do infinito.
Eu sou um viciado, admito!
que bebe do orvalho da aurora
e sonha, até a lua ir embora,
que o sol há de nascer bem mais bonito.
Eu sou um traficante de emoções,
dos guetos mais remotos do Parnaso,
que rouba a beleza do ocaso
e vende à arte pura de Camões.
Eu sou um meliante em extinção:
um velho Robin Hood da paixão
que furta um amanhã a cada dia.
Um bandido sem arma e sem maldade
que tenta, a todo custo, mesmo tarde,
roubar, da rima rica, a poesia.