BRASIL - UM PANORAMA POLÍTICO



Brasil de grandes variedades,
País presidencialista e bicameral,
De elevados e quantitativos labores,
No institucional Congresso brasileiro.

País com um grande número de partidos,
Cada qual o mais complicador,
Das diretrizes dos sonhos brasileiros.

Existe muitas leis e demais projetos
Visando ainda melhorar o Brasil
No âmbito social e parlamentar

Há vários partidos políticos,
Dentre os quais nasce a oposição,
É uma novela das oito horas,
Exprimido num sereno eleitoral.

Surge Ciro Gomes e Itamar,
E Fernando Henrique fala mais alto.

Neste embalo vai a impunidade,
E o povo brasileiro indignado,
Com o caso da Encol de mãos limpas.

O ministro Paulo Paiva,
Avisa que reajuste de salário,
Não vai considerar inflação acumulada.

Lá vem a ciranda eleitoral,
Troca - troca de partidos,
Mudanças, filiações de olho nas eleições.
Pagamentos superfaturados,
Que envolvem milhões,
É assim a casa do Brasil.

Lobby no Congresso tem interesse,
E muito interesse em retirar,
O sequestro da lista dos crimes hediondos.

Queimar um índio vivo não é crime?

A reforma tributária é um dilema,
Permanece na gaveta dos burocratas,
E o Governo Federal não quer perder,
Um mínimo de sua receita.

Empresários a beira de falência,
E outros já falidos,
Daqui a alguns dias,
O Governo não saberá de quem mais cobrar.

O sistema Tributário Nacional,
É totalmente leonino,
Só serve para limitar competência.

O Governo Federal está sempre aumentando,
As alíquotas conforme as necessidades,
E quem não pagar vai para o CADIN,
Sem qualquer benevolência do G.F.

O Governo quer mais força e prestígio,
Diante dos estados - membros e municípios,
Estes não possuem autonomia,
A não ser no plano teórico.

E o povo brasileiro cobra mais de perto,
Quanto a execução das políticas setoriais,
Aí sim, é organização político – administrativa,
Do meu país que é o Brasil,
Aí sim, tem princípio constitucional,

Os estados - membros e municípios,
Sofrem sem ter poder,
E ficam dependentes das bondades,
Do nosso Governo Federal.

O máximo de tudo e tudo,
É o Governo cobrar imposto antecipado,
Ou cobrar duas ou mais vezes,
O mesmo fato gerador,
Às vezes anterior à lei.

Nesta euforia tributária,
Onde está a tua cidadania brasileiro?
O sistema tributário Nacional só tem direitos,
E o contribuinte só resta,
É se acabar de pagar impostos.

É hora de mudanças, Brasil,
O Governo Federal não perde espaço,
Possui ilimitados poderes na prática.

As instituições financeiras são leoninas,
Instituem juros exorbitantes,
Ultrapassam a casa dos 12% ao ano,
Fixado na Constituição Federal.

Utilizam vários indexadores incorretos,
Para concluir a inflação,
Vão a TR, Anbid, CDI e TBF,
Calculam as taxas de captação no mercado,
E mais juros que explodem no povão.

Os bancos são grandes leões de chácaras,
E suas presas são devoradoras,
Cobram taxas de juros cumulativos,
Capitalizada, onerando a vida de cada um.

O cidadão brasileiro,
Tem direito ao crédito,
Sem pagar juros e encargos excessivos.

Os bancos cobram taxas administrativas,
Sem o conhecimento do correntista,
E sem prévia autorização deste,
Em valores claros, precisos e inexigíveis.

Se não aceitar o autoritarismo do banqueiro,
Vai ter o nome lançado,
Na fornalha do Serasa, SPC, Cadin e SCI,
Falar que é crime de economia popular,
É continuar inerte.

Cadin, significa:
Cadastro que atrapalha,
Devedores inadimplentes,

Floresce o movimento dos trabalhadores,
De muitos trabalhadores sem terra,
E nada de reforma agrária,
Invadem até as repartições públicas.

O Governo Federal não perde tempo,
Vão na entidade filantrópica Irmã Dulce,
Caso não apresente o balanço das atividades,
Vai cassar o título de utilidade pública.

Muitos municípios estão recebendo,
Orçamento de programa da fome,
Muitas verbas são desviadas,
E muitos pobres da fome,
Na esperança de ser um dia atendido.

Cresce a febre dos cheques pré-datados,
E cartões de créditos aumentam os rombos,
Fraudes de companhias aéreas e telefônicas.

FHC quer reforma urgente na previdência,
Exige do ministro Pedro Malan,
E de Antonio Kandir a situação da economia,
E as contas públicas assustam o Presidente.

No meu Brasil de tudo acontece,
Destroem a maior cobertura do mundo,
A vegetal da grande Amazônia - Brasil,
De frente aos olhos do Ibama.

A política restritiva do crédito,
Cartões de crédito, cheque especial,
Empréstimo pessoal e crediário,
Aumentou o endividamento do brasileiro.

Cresce a taxa de desemprego,
Eleva-se os juros e baixa-se a inflação,
Cai as bolsas na flutuação dominante,
Sofrem as bolsas asiáticas e europeias.

Na grande crise das bolsas,
O Governo aumenta os juros,
E diz que é para segurar o real.

Quem perde tudo é o governo,
Gastando mais do que arrecada,
E tem que pegar emprestado,
Com juros altos para pagar as contas.

Diz o governo que as reformas aprovadas,
Irão enxugar as dívidas do Governo,
Diminuindo os débitos,
E deixando de pegar dinheiro emprestado.

As contas do governo estão no vermelho,
O Governo quer poupar os gastos,
Demitindo milhares de funcionários.

O Governo tem poucas alternativas,
Se subirem os juros,
Aumentam os gastos,
E cresce vorazmente o déficit público.

O Governo quer arrecadar,
E não sabe de onde tirar tantos milhões,
Explode o narcotráfico no nordeste,
Mares de plantações no polígono da maconha,
Área de violência e do tráfico organizado,
Na região do sertão nordestino.

Nasce a pirataria de CDs e fitas cassetes,
Invasões de fazendas pelos sem terras,
Gerando uma guerrilha rural,
Demonstrando irrefutável força invasora.

A ordem é apertar os cintos,
Compensar os gastos com juros altos,
O Governo corre atrás apressado,
Quer aprovar reformas urgentes,
Projetos emperrados no Congresso.

O desequilíbrio das contas crescem,
O Governo vende o seu ativo,
Dizem que apura com as privatizações,
Financiando juros da dívida interna.

O Governo quer manter a economia estável,
Altera o sistema de aposentadoria,
Do nosso trabalhador brasileiro.

Muda as regras para os servidores,
E reestrutura o sistema de pagamento,
Dos impostos para o fisco.

Georgina é presa na Costa Rica,
Grande fraudadora do INSS,
Quadrilhas de cartões de crédito,
E falsificadores de passaporte,
Invadem a nossa Nação.

Novo governo está prestes a chegar,
E tudo parece que vai mudar,
Com novas maneiras de roubar,
E o povo junto mais uma vez.
Vai acreditar e sonhar.

Tudo é Brasil com novas reformas,
E planos que engordam os bolsos,
Gastam-se quinhentos mil,
E puxam do governo cem milhões.

Um dia vou esperar,
Talvez na velhice,
A corrupção acabar,
No meu Brasil que tanto amo,
E que os políticos não demonstram,
Ser brasileiro e tão pouco patrióticos.



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 14/11/2005
Reeditado em 22/11/2012
Código do texto: T71548
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