Subvertendo metáforas

Hoje, ao eructar cruel fonema

(sonido de sinais diafragmáticos)

seguidos dos olores coprolálicos,

do flato que viceja este poema.

Carpido no honor do empiema,

em que defeca o fado do lirismo,

a trovejar o vão meteorismo,

que anuncia um novo estratagema...

Eu vim subverter a poesia!

Vim ultrajar a plêiade elitista,

que se enquistou na alma do artista,

como se fosse reza em sé vazia.

Hoje eu amanheci metaforista

pra metaforizar hipocrisia.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/01/2021
Código do texto: T7150868
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