A Cruz não é de Madeira - Hipocrisias - XXXIII
Deixa,
mesmo por instantes,
beber de sua docilidade;
permita-me
ser para ti o
que sou quando
eu mesma me abraço.
Não me negues
teus sonhos junto
aos meus, embora
estejamos em nuvens
tão dispersas,
coloca-me
no seu sorriso
singelo como
os meninos
que colocam
à boca as flores
campestres.
Aceita a minha
fragilidade nos
seus braços
e me ampara
na sua mais
alva poesia.
Não me abandone
no meio de suas
fraquezas,
já sou verso
no brilho de seu
olhar,
censure as
dúvidas que me
transformam em
despedida.
Entrelace
tuas estrelas
as minhas
e sê comigo
- minha esperada
contraface!