[Fugi das entranhas do “inferno”...] (Dueto)
A noite, a mente,
[sonhos e ou pesadelos
Ah, desafiadores “mistérios”
Eis que acordo, como se saltasse do olho de um furacão...
Garganta seca, gemidos aos ouvidos
O sopro do medo arrepiando a nuca...
Um gosto amargo inunda na boca
Sinto frio... O corpo treme
Convulsivamente...
[estertor da morte? (penso)
Como? Logo agora que fugi das entranhas do “inverno”?
[narinas ardem, sinto o cheiro do Hades...
[Fugi das entranhas do “inferno” ...
Haveria alguém ou alguma “entidade”, sei lá, a morar dentro de nós
no que invadiu nossas fronteiras?
E, caso realmente exista (pelo que muito creio), como o teve sobre nós
o seu poder?
E por que estamos, em verdade, em seu domínio e mando?
Seria o “inconsciente discurso do outro” a imperar sobre nós?
Qual nefasta criatura sombria a estar paralelamente
em noss’ordinário tempo
[Fugi das entranhas do “inferno” ...
Ah! Profundezas de noss’alma!
No que em tal grau nos rouba de nós mesmos!
Quem sabe, visto que não conhecemos...
Nem o mal que de nós furta
Nem tampouco... a nós mesmos
Onde não temos sequer uma ideia do que nos maltrata e fere
E, portanto, ei-lo sutil, mas a consumir e tragar nossas mentes
No que nelas tão fácil se adentra
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Oh! Tomou posse para sempre de nossa essência?
Do místico, mas real e maldito véu a encobrir-nos
Rogo-te ó Deus a que de nós tenhais misericórdia
De todos os seus filhos que nesta terra desfalecem
Destes, pois que não s’esquivam do mal que lhes oprime
Oh! esta imensa turba de infelizes e miseráveis...
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Fazei-nos justiça, ó Senhor dos senhores
E arrancai-nos das mãos dos que se infiltraram em nossas mentes
Por que a vida e o viver com impetuosidade se sustenta
Por que razão o Senhor do Tempo destarte o permite?
Seria, pois, para vingar o dano produzido pelo pecado?
Oh! A verdade é que ninguém o saberia dizer
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Ah! nesta esfera em que tantos ceifados são pelos castigos dos Deuses
E, mesmo diante toda tortura dest’exílio, não se abate a vontade humana
Menos ainda se converte o nosso entendimento
Ó Morte! Bendito adeus a qu’em su’hora a alguém chama
Das almas a que demoradas se fizeram no tempo
No qu’em distância apartado se era da Vida
Todavia, eis que agora o consolo nos concede
[Fugi das entranhas do “inferno”...
No que migrará a libert’alma aonde o mal não mais a dominará
No que devorada não mais será por ele
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Abro os olhos e encontro teus olhos
Ternos e preocupados...
Teus lábios secam-me as lágrimas
Tua Voz sussurra, estou aqui...
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Minha voz, sem força, não sai...
Estou aqui... (ouço de teus lábios)
[Sinto o calor de teu corpo
Estou aqui... (Ouço de ti)
Fugi das entranhas do “inferno”...
[Teu peito, meu abrigo
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Teu beijo carinhoso e protetor
[abrem-me as portas do céu
[Fugi das entranhas do “inferno”...
Fausto de Deus e Juli Lima
[23/12/20]
Vangelis - Conquest of paradise extended - 1 HOUR (ouça)
Fausto de Deus
Obrigada
Pela parceria
(Click!)
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