Su tela (pt. 2)
Com a noite,
Na Luz do reflexo de um asfalto de estrelas
Escorre sobre um vaso vazio gotas do alvorecer
E da sua sombra na parede se confunde o conhecido com o desconhecido.
Assombra o silêncio imagens ainda não vistas,
Assombra o barulho a alvorada com sua voz castanha
Sobrescrita em tons…
E da janela ela avista lateral.
O vaso vazio cheio de cores adorna o rubi celeste:
A jóia barata dos astros.
E através do espelho, em detalhes o ambiente é transladado em cor:
A tela se move imóvel, enquanto a artista lapida o tempo.
Amanhece.
Dentre o tronco de carvalho ainda embriagado com orvalho
Folhas secas ornam o indelicado
E tingem a espessa tela... alaranjada