Sangro...
Sangro...
Nas trevas...
Onde a luz...
Esgarça algum sinal...
De reconhecimento...
Que se tornou...
Lamento...
Não é sofrimento...
E sim um tormento...
Em ondas de incredulidade...
Realizando dualidades...
Queria ter a qualidade...
De tocar o nunca...
Mas quase nunca...
Chego ao comum...
No abismo...
De conter a vida...
Que jorra...
Para sempre...
Em direção ao finito...
Que o nada...
Faz infinito...
Queria ter o sangue nobre...
Mesmo assim sou pobre...
No que encarece...
De tempo...
Cantando versos de solidão...
Que saem do meu coração...