INFINITO
Não sei se o mar termina
Onde o céu vem se banhar.
Se mar deságua no céu,
Se o céu desaba no mar.
Na linha do infinito,
Fenômenos acontecem.
O sol emerge das águas
A lua cheia embevece.
Fulgurando sobre as ondas
Tapete de ouro ou de prata
Estendido até o cais,
O meu destino arrebata.
Os remos já não obedecem
Ao comando de minhas mãos.
Impulsionando meu barco
Só a voz do coração.
Meu sonho é me perder
No horizonte sem fim.
Quanto mais tento alcançá-lo
Mais ele foge de mim.