A Cruz não é de Madeira - Hipocrisias - XVIII

... ele diz

que quer

sentir na pele

o que é verdade

como se não

fosse possível

adentrar pela

porta dos sonhos.

O que ele nem imagina

é que nesta noite enquanto

ele dormia bebendo seu

café eu sem bater

em sua porta entrei;

e vi todo seu corpo

nu e suas feridas

expostas.

Tão levemente

o toquei que ele

sequer percebeu

que eu era o sorriso

em cada gole de

sua bebida quente.

Ouvi murmúrios:

- Boca Suja!

Minha verdade

dissimulada.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 27/11/2020
Código do texto: T7122204
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