A Cruz não é de Madeira - Hipocrisias - XVIII
... ele diz
que quer
sentir na pele
o que é verdade
como se não
fosse possível
adentrar pela
porta dos sonhos.
O que ele nem imagina
é que nesta noite enquanto
ele dormia bebendo seu
café eu sem bater
em sua porta entrei;
e vi todo seu corpo
nu e suas feridas
expostas.
Tão levemente
o toquei que ele
sequer percebeu
que eu era o sorriso
em cada gole de
sua bebida quente.
Ouvi murmúrios:
- Boca Suja!
Minha verdade
dissimulada.