Sonho ilógico

No centro entre a cidade e as serras

Saltei a janela do meu quarto,

Caindo na areia da praia

Mergulhei no mar de arranha-céus

E de tanto poluição afoguei-me

Morrendo no meio fio

Minh'alma caminhou ao Sol

Transpassando sem sentir nada

Como um buraco negro absorvendo matéria

Do outro lado buquês de estrelas acetinadas

Esperavam-me com sorriso de boas vindas

- A galáxia inteira me aguardava -

Os anéis de saturno um a um encaixavam

perfeitamente em meus dedos

Em Júpiter apanhei um táxi

Direto para a estação lunar

No satélite cinzento

Comprei uma passagem interestelar

no trem das sete horas

A espaçonave rochoso - cometa -

Viajava cortando a barreira do som

Exosfera, termosfera, mesosfera,

estratosfera, troposfera e terra.

Pousando calmamente no solo

Em volta de mim abrindo-se uma cratera

destruindo a cidade

Por entre escuridão e escombros

Se fez nova criatura

Nascendo uma outra cidade

Invertendo a síntese humana

E toda minha realidade

Diogo Carmona
Enviado por Diogo Carmona em 13/11/2020
Código do texto: T7110892
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