Sintonia - Um riso em verso - LXXX
... não tens
nada de anjo,
como nada de
anjo tem nossa
abominável
humanidade,
descansarei, agora,
no meu deserto
para me poupar
das luzes hediondas
das lanternas negras.
O céu que tu eras
deixou de ser azul,
tu és negro
como o chá
esquecido na
cama vil.
Não tenho
mais sede,
tua nudez
findou a secura
de minhas tempestades.
Milagre no
meu choro seco,
- não padeço!