Capim-Limão
Na pele branca pintada
Rebuscada em desenhos
Saltam Santos e Índios
Que se conversam
Comem, dançam e tomam juntos
No cálice onde
Tupã renasceu
Beijou-me
Tocou-me
E em minha boca
Um cheiro de capim-limão verteu
Feito serpente que rasteja
E circunda e rodeia
Seu corpo em mim serpenteia
Em suor
As vontades se sucumbem
E Tupã se reergueu
Fez-se mudo
Olhar soturno
E do céu estrelado
Entre treze estrelas coroado
Olhou-me fingindo
Não ter se feito homem em meu lago...