A Peste e Os Cavaleiros do Amanhecer do outro lado do Portal!
Enquanto durmo viajo mais uma vez para o outro lado do portal
Naquela terra distante outra vez me reencarnei para lutar contra o mal
Agora os tempos são outros
Sem dragões e outras feras míticas a vencer
Os Feiticeiros do caos de outra hora já se foram a falecer
Paladinos negros corrompidos já foram quase extintos
E no lugar da euforia das guerras entre reinos
Apenas o silêncio e algo inquieto no ar que não tem cheiro
Algo que não se pode ver no ar
Uma presença sombria que nos rodeia e tenta nos matar!
O tempo passa devagar como se não fosse nada
Enquanto luto para não morrer vejo o véu das sombras
Por trás dele uma face ocultada pelo brilho das estrelas ao longe
Ali a morte se faz presente e sussurra ao meu ouvido:
- Eis que não é chegada a hora do Apocalipse, mas um de meus irmãos veio até vocês!
Pergunto-me brandindo a espada no relento:
- Quem Morte? De quem vos fala oh calma e fria Morte?
Andando entre as pilhas de corpos ela abre um gentil sorriso e fala convocando uma forte chuva triste:
- És a Peste que veio anunciar o início do fim!
Fico-me então desnorteado pensando que não existe o início de algo assim
Pois para a humanidade a Esperança ergue o maior dos estandartes
Ao lado do Amor sendo a última barreira e o exército final
Pois sem o Amor o maior dos escudeiros
Ninguém conseguiria aguentar as ondas daquelas que vão à frente da Peste
Guiando suas tropas malignas de inquietações
As irmãs gêmeas Solidão e Depressão
Ah Amor obrigado por nos proteger de tais manifestações!
Então a Morte some de meus olhos e leva todos que consegue alcançar
Vejo-me cercado de cavaleiros negros a me ameaçar
Dou um grito de guerra e quebrando o lacre secreto que separa minha mente, alma e coração
Despertado agora eu estou
Com um poder oculto que vem da compreensão
Então venço o Medo, a Angústia, o Desespero e a Ansiedade
Deixando todos estirados ali naquele mar de sentimentos com suas armaduras estilhaçadas
Seus egos reduzidos a cinzas e suas injúrias ignoradas
No primeiro momento eu não a vi, mas ali me ajudando a me levantar e dando-me força
Lá estava A Amizade com sua armadura reluzente
Com sua presença forte ela me cumprimenta sempre alegre e sorridente!
Olhamos então para a frente e lá nossos melhores Magos, clérigos, druidas e Alquimistas
Juntos por uma causa travam uma batalha insana sem fim contra A Peste,
Não sendo à toa este último o derradeiro inimigo e desafio a ser vencido
Como ele é forte e nunca deve ser subestimado ou esquecido
Usando de minhas ultimas forças, tomo a frente
Concentrando-me jogo a espada e com meu grimório de metal e vidro
Conjuro minhas melhores magias
Para proteger a todos a Tecnologia
Para curar os feridos a Poesia
Para vencer a Peste a Solidariedade combinada com a Harmonia!
Fiquei então esgotado e cai num poço que não parecia ter fundo, mas a Morte então segurou minha mão e disse-me sorrindo friamente:
- Ainda não é chegada a sua hora Cavaleiro dos Sonhos, acorde!
Os pássaros cantam, o vento sopra pela janela, os primeiros raios de sol invadem meu quarto por brechas e eu abro devagar meus olhos, uma lágrima escorre sem controle pela minha face e lembro que não consegui salvar o mundo, percebo então que os dois lados do portal se conectaram e A Peste invadiu minha dimensão agora usando outro nome:
Covid-19!
Recarrego minhas forças e planejo um contra-ataque, aliados do outro lado do portal também vieram se aproveitando da crise das realidades,
Será que agora venceremos tal Calamidade?
Resta apenas o esforço coletivo e a determinação para vencer!
Avante e além Cavaleiros do Amanhecer!
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Dedicado a todos que lutam tanto na linha de frente quanto em suas casas contra esse mal que há de superarmos! Não percam as esperanças jamais!