A SINA DE SER LAGARTA, IGNORANDO UM DIA SER BORBOLETA.
Quis comer flores
Para sentir o gosto da leveza,
A sobriedade da beleza
- Existente -
Que eu sempre quis ter!
Nascida esta coisa tosca
Inexpressiva e quase oca.
- Num existir -
Sem entender o porquê!
Por isso,
Eu como as flores!
Ferozmente.
Tão indelicadamente.
Nesta busca de continuar a ser!
Poderia devorar qualquer outra coisa
O ego humano! Ou talvez folhas!?
Mas eu gosto mesmo é das flores.
É assim que me faço sentir bem,
Nas penumbras verdes dos dias,
De pétalas em pétalas, a tarde sendo minha!