PORTO SEGURO
Na escuridão de minha noite
bilhões de corpos celestes
vergastam-me com seus açoites.
São luzes mal refratadas
por prismas que abrem feridas
em almas desencantadas.
E eu, corsário vencido,
sem forças navego à deriva
em busca de um porto amigo
Na paz de uma baía calma
onde as cores de um arco-iris
serenem a nau da minh'alma.