DEPENDÊNCIA AMOROSA
Aquele sonho que risca o chão é o mesmo que aponta os carneirinhos no céu estrelado sobre sua cabeça quase pesada de bebida cara.
O seu silêncio foi tão profundo que pude ouvir do outro lado. Ele arrancou o pára-choque do meu carro.
Você lamentou como se fosse o fim, eu pude notar seu desespero no olhar no exato momento em que seu sorriso fugiu, se escondeu perto de mim, estacionou ao meu lado. E eu te deixei ficar.
Abri a porta como de costume, e você: mudez, perplexidade, admiração. Não se acostume pois eu sou de lua. Não da rua. Da lua!
Uma rara possibilidade de eu ficar. Cheguei a cogitar em pensamentos soltos, leves e elevados a você. Mas para isso você tem que gostar de viver na lua. Se gostar, posso ser sua!
Dou-te meus versos todos os dias,
Um punhadinho do meu coração.
Dou-te meu amor em poesia,
Quase em forma de canção. Assovie bem baixinho. Repita aos pouquinhos...quem sabe seus ouvidos concordem com a emoção.
É que na lua, a música é mesmo poesia autônoma do meu amor!
Somente o meu amor é dependente.