MAREANDO...
Mareando...
Horizonte matizando mar azul, sol ardente
Chegando. Osculando vagas ondas. Lábios rubros
Lasciva a língua ,braço-de-mar a areia quente.
Despertam grãos e corpos em arrecifes escuros...
Espumas brancas, mareiam corpos nas ondas frementes
Indo e vindo vem e vão, lambem desvendando rumos
Nas fendas lousas, mar a areia oscula. Caricias pungentes
Nas brancas espumas como gozos nos sexos fortuitos...
Mareio... Desvairo ansiando amor, de amor eloqüente
Ser um grão de areia somente ! Grãos amantes pungidos
Em pélagos, profusões eu grito! Balouçada descrente...
Desperta esputar o silencio, amargor entre meus dentes
Mareando alvitre. Colossal oceano no infinito refletido
Na brisa dessecada doidos, eclodi no corpo as sementes.
Deth Haak
8/11/2005