NOTURNAS
(Por Érica Cinara Santos)
E quando o sol vira
As costas ao firmamento
Aí se inicia
Um lindo acontecimento
É o encontro delas
Em noturna hora
A cortejarem-se belas
Até a aurora
Um encontro marcado
De escuridão e claridade
Na embriaguez do afago
De luminosa suavidade
E vívidas encaram-se
Em penetrante olhar
Noite e lua a desejarem-se
Entregam-se sem hesitar
E toca da noite a negra tez
imensa, macia e nua
Seduzindo com altivez
No leito céu a luz da lua.