VIRUS DA DESIGUALDADE
Do Universo invisível
Inimigo invisível
Bem desnuda a verdade
Da frágil humanidade.
Somos pele,
Carne e ossos,
Sangue e plasma,
Oxigênio;
Somos água.
Não destrói
Prédios, casas,
Muros, fábricas,
Destrói nada.
Mas destrói
Rins, pulmões,
Corações,
Destrói tudo.
O vento sibilante
Corta ruas vazias
De multidões de gente,
Mortas às toneladas.
Vírus nem tão mortal,
Vírus nem tão letal,
Não fosse tão desigual
Solitário ser humano...