VIRUS DA DESIGUALDADE

Do Universo invisível

Inimigo invisível

Bem desnuda a verdade

Da frágil humanidade.

Somos pele,

Carne e ossos,

Sangue e plasma,

Oxigênio;

Somos água.

Não destrói

Prédios, casas,

Muros, fábricas,

Destrói nada.

Mas destrói

Rins, pulmões,

Corações,

Destrói tudo.

O vento sibilante

Corta ruas vazias

De multidões de gente,

Mortas às toneladas.

Vírus nem tão mortal,

Vírus nem tão letal,

Não fosse tão desigual

Solitário ser humano...

rub levy
Enviado por rub levy em 27/04/2020
Código do texto: T6930144
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