O fogo fantasma
O fogo que queima tão majestosamente o fosforo
O doce fogo devorador de rostos,
Movendo-se tão rápido
Que poso ouvi ló planejar...
Fazendo barulho e mostrando sua cara
Usando a fumaça como manto
Seus olhos em chamas,
Eis que ele me alcança...
Por mais que eu corra
Ele sempre me acha
Em meus sonhos e noites de prazeres,
Tudo é consumido pelo fogo...
Um olhar foi dado no oculto
Mas ele me olhou também
Uma faísca eu fiz por dinheiro,
E um perseguidor eu ganhei.
Com suas várias cores
Ele pode mudar para queimar
Até o mais groso metal,
E engolir ossos humanos.
Vivo cercado de calor
A grande chama observa
Filho do Sol na terra
O devorador.
Lindo quando tombou
Um castelo inteiro
Fazendo o mais bravo rei correr
Suas chamas alcançaram os céus...
Um aviso para nós
Uma ameaça para os Deuses
Que nada fizeram
Quando seu maravilhoso céu vermelho de fogo ficou...
A era do fogo começou
Um tirano sem forma,
Mas que destrói tudo que toca,
Cortinas de fumaça se erguem como gigantes...
Se alimentando da lava da terra
Ficando mais forte
Mudando o clima
Espalhando suas cinzas em tudo, nos sufocando.
Movendo se com o vento
Para o norte e destruindo
Criando corredores de fogo
Nada sobrada de nós...
E os antigos cansaram de rezar
Pois os céus já não eram mais o mesmo
Sua morada imponente, agora abandonada,
Dominada por aquele que não tem forma...
Meu fim perto esta
Minha carne queimada cai
Sinto o fogo me consumir de dentro
Com olhos tristes e queimados eu lamento.
A vida queima como madeira
E os estalos são os gritos.
Graças ao fogo
Não tenho mais medo do escuro
Pois ele queima todos os monstros
Graças ao fogo, não sinto mais nada...
Só vejo fantasmas em minha frente
Todos queimados vivos
E ainda assim tentam voltar para suas casas,
Logo tudo acabara.
O grande fogo sagrado
Castigo da terra da ganância
O filho mais velho do grande Sol
Carniceiro e sádico....
Mas temos nossa culpa
Eu fui um dos que invocaram ele...
Queime, queime e queime.
Cristiano de Siqueira 26/04/20