Padecer De Um Heroi Maldito
De tantas inspirações impias
Em criar gomes vidas insepidas
Tuas indecisões ardia, fecundas
Em sua lápide perdida, oriunda.
Num triste padecer de sonhos tardios
Quebrando o coração em cacos
Em granitos gelidos em negras agonias.
Resta uma sombra em trevas de solidão
Arquejante diante da morte
Seu leito flutua nas trevas aridas
Que sua íris nega-se ao fronte.
De coração quebrado, ímpio
Sem pés ou flores a receber
Seu fúnebre padecer na sombra vagueia.
Seu sol apagou-se frio
Numa mocidade do poeta
Indigno
Que caminha por lamaçal maldito.