TÉDIO
Francisco de Paula Melo Aguiar
A humanidade enfadada
Da produção do desalento estatal
E de pagar imposto de tudo é obrigada
Não importa a época e temporal.
Paga todos os salários das autoridades
De todos os poderes e ideologias
Para isso não tem prazo de validades
Das esquerdas, direitas, centros ou anarquias.
Com o voto se antecipam aborrecimentos
Ah! De quatro em quatro anos
Si renovam mandatos e sofrimentos
Assim é o viver de crentes e profanos.
A ganância é demais
Mesmo no tempo de pandemia
Cada um que fature mais
E ao povo aumenta agonia.
Na classe dominante
Essa não tem cansaço
Diferente da agonizante
Onde o desemprego é o embaraço.
Fazer medo ao povo
É melhor do que cuidar dele
Que come pão com ovo
Por ter votado nele.
O tédio é frustração de momento
Criado pela incapacidade de governar
Infeliz é o povo sem talento
Que se deixa manipular.