Metamorfose II.
Por uma entrada pequena, os dragões iluminados de óleo negro chegaram em sonhos. O fogo precipitado das nuvens abaixo do meu querer molharam Minhas meias. Minhas meias palavras, uma noite e meia. A lua, minha gorda amiga, Meu gordo prazer. A fome tinha um nome, Mas eu não lembro. Eu quase não lembro de nada, nadava em diamantes de fumaça e as areias dos meus olhos reproduziram-se e agora minha face É deserto e minha boca caatinga. Minha maldita boca, sempre toma a frente do coração. Sou seco nos pulmões e molhado nos pés E no meio sou triste. Onde jogar toda a minha vida? Por onde entrar? E por onde sair? Refutei asas e criei cascos. Não gosto mais de pássaros e borboletas, Prefiro onças e macacos.