Ter asas
Nas ruas da vida
procurei o desconhecido
Quem sabe a alma que some a minha
Ensejo de doces amores
Amarei a ti com tamanha ternura
Onde os versos juntam-se a lua
Onde seja infinito esse amar que desejo...
Ao romper da aurora
O leve balanço do vento
Quisera eu ter asas
E deixar-me ir longe, longe onde estás
Nem sei se existes
Procuro nesse olhar o brilho
Há muitos brilhos
Mas teu olhar não vivo;
O orvalho deixou a noite dos amantes
O dia voltou deslumbrante
Mas o homem não sabe mais amar
Não adianta aguardar
Ele apenas quer viver e viver sem sentir
Quisera eu ter asas
E ir pra bem longe daqui...