Ato perpétuo
Seria essa minha salvaguarda?
Meu tão esperado proclame?
Em nome do que mesmo?
Já esqueci completamente
Frágil tudo é tão frágil
Que a veia salta a jugular
Em ansiedade...
Auto me intitulo
A contra gosto de alguns
Que me rodeiam com olhos perversos
Que garantias eu tenho?
Uma armadura toda puída
Já engolida pelos anos?
Isso já está longe de ser algo bom
Salvaguarda?
Penso que não exista
Apenas uma historia de tempos antigos
Uma lenda por assim dizer
Contada as crianças
Em uma roda a beira da fogueira
Tudo para manter a salvo a tradição
Mas que custo?
Será que todos quiseram estar lá?
Fazendo parte desse ritual?
Aqui não me resta muita coisa
Daqui do alto não enxergo o chão
O que me da margem para o voo
Vou me transmutar em um falcão
E viajar até não encontrar limites
Subindo tão alto
Que contemple apenas as brumas
Entre os raios de sol
E quem estiver lá embaixo
Fique com a imaginação
Que brinque ou questione minhas razões
Não importa mais
Fiz o que fiz
Fiz por que quis
E perpetuado agora está