Ato perpétuo

Seria essa minha salvaguarda?

Meu tão esperado proclame?

Em nome do que mesmo?

Já esqueci completamente

Frágil tudo é tão frágil

Que a veia salta a jugular

Em ansiedade...

Auto me intitulo

A contra gosto de alguns

Que me rodeiam com olhos perversos

Que garantias eu tenho?

Uma armadura toda puída

Já engolida pelos anos?

Isso já está longe de ser algo bom

Salvaguarda?

Penso que não exista

Apenas uma historia de tempos antigos

Uma lenda por assim dizer

Contada as crianças

Em uma roda a beira da fogueira

Tudo para manter a salvo a tradição

Mas que custo?

Será que todos quiseram estar lá?

Fazendo parte desse ritual?

Aqui não me resta muita coisa

Daqui do alto não enxergo o chão

O que me da margem para o voo

Vou me transmutar em um falcão

E viajar até não encontrar limites

Subindo tão alto

Que contemple apenas as brumas

Entre os raios de sol

E quem estiver lá embaixo

Fique com a imaginação

Que brinque ou questione minhas razões

Não importa mais

Fiz o que fiz

Fiz por que quis

E perpetuado agora está

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 11/01/2020
Código do texto: T6839548
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.