DIA QUASE NOITE
“Do flerte impossível” já serve o título
Se a narração fosse o primor.
O esplendor da filosofia, das cátedras
Merece a discrição dos mascarados de fevereiro.
Sobrevive ao ópio; muito corrói.
Tergiversa quase sem culpa,
Em borrar a metade das vestes,
A caneta esferográfica no bolso.
- Um degredo não cruza sobre o mar
por vezes a mesma baleia?!
Já que a terra foge
Mudemos de página.
A bordo do barco de papel rondemos,
Quase sem rumo, a luz da estrela-capitã.
Barbacena, 17 de dezembro de 2001