Castigo

Nada me resta neste mundo sombrio

Aqui em baixo dessa estatua

Apenas seu eco como minha lembrança

Suas ultimas palavras antes de me deixar

“A lua iluminará as asas do anjo

E poderá voltar pra casa”

Agora aqui em pé

Essas sombras parecem brotar em mim

Enquanto a chuva cai sobre minha pele

E lava meu corpo

Retirando assim meus pecados

Nada mais importa

Apenas o sentir

O sentir das minhas emoções

Que agora me fazem agonizar

Ajoelhado aqui pedindo perdão

Um relâmpago me tira do transe

Fazendo-me enxergar o campo

A calmaria se fora pra sempre

Assim como a lua

Que levou minhas asas

Impedindo-me de te buscar

Levanto os braços na esperança de te alcançar

Mas já é tarde não consigo

Só o que vejo é à sombra da sua silhueta

Indo embora...

Como a chuva a escorrer por meus cabelos

Deixei que escapasse entre meus dedos

Levando contigo meu único sentido na vida

E deixando apenas o enigma

Em minha pobre alma imortal

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 10/12/2019
Código do texto: T6815893
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