Castigo
Nada me resta neste mundo sombrio
Aqui em baixo dessa estatua
Apenas seu eco como minha lembrança
Suas ultimas palavras antes de me deixar
“A lua iluminará as asas do anjo
E poderá voltar pra casa”
Agora aqui em pé
Essas sombras parecem brotar em mim
Enquanto a chuva cai sobre minha pele
E lava meu corpo
Retirando assim meus pecados
Nada mais importa
Apenas o sentir
O sentir das minhas emoções
Que agora me fazem agonizar
Ajoelhado aqui pedindo perdão
Um relâmpago me tira do transe
Fazendo-me enxergar o campo
A calmaria se fora pra sempre
Assim como a lua
Que levou minhas asas
Impedindo-me de te buscar
Levanto os braços na esperança de te alcançar
Mas já é tarde não consigo
Só o que vejo é à sombra da sua silhueta
Indo embora...
Como a chuva a escorrer por meus cabelos
Deixei que escapasse entre meus dedos
Levando contigo meu único sentido na vida
E deixando apenas o enigma
Em minha pobre alma imortal