TEATRO DA EXISTENCIA
As cortinas
Já se fecharam
O teatro já está vazio
A platéia já se foi
Os artistas já podem
Retirar suas máscaras
Ao fechar as cortinas
O homem sem refletor
Se desfaz o sorriso
Deixando as lágrimas caírem
Hoje somos botões
Amanhã somos flores
Ao passar os dias
Desbota a pureza da cor
Murcham com intensidade
Sobre o sol escaldante
Em gotas de orvalho
Exalam a essência
Rosas de todas as cores
Encanto dos amores
Somos rosas
Somos orquídeas
Somos lírios
No palco da vida
Na sutileza
Nasce um artista
Ao findar uma peça
Somos tragados
Pela ganância
Das pétalas que já secaram
Secou o coração
Do amor alheio
Do respeito que se prega
Onde a carranca
Sorri pro nada.