Isso não faz diferença para quem está perdido

Subimos os degraus de um túmulo,

a estrela está no andar de cima

mas ela queima, cega, mata...

é isso que imaginamos.

Vamos voltar e ficar putrefatos

e concentrar-se com a beleza do mórbido

porque a esperança é fútil e perigosa

e é isso que imaginamos.

O ar que respiramos é pestilento

e chamamos isso de santidade

sendo que basta nos queimarmos, cegarmos e morrermos,

para sair, transcender esse buraco ancestral.

O corpo é a prisão e a liberdade,

tenho medo do futuro inevitável,

você está em toda parte, é o conjunto e todas as partes

e isso não faz a menor diferença pra quem está perdido.