Nuances - A Dualidade do Ser - XCII
... beijo minha pele
que grita por vida,
sou fogo, serpente,
tempestade, um
beijo ardente;
acaricio o chão
sou humana,
demasiada humana,
nessa aprendizagem
aprendi que
sou fogo, serpente,
tempestade, um
beijo ardente;
sou flecha
em direção a toda
moral de pirilampos,
pois não canso de
ser
fogo, serpente,
tempestade, um
beijo ardente;
subo a montanha,
abraços os abismos,
desnudo-me e aceito
meus trapos e lixos
porque sou forte
sou fogo, serpente,
tempestade um beijo
ardente
e pouco me importa
as escrituras e armas
dos tolos
porque agora
e sempre
serei
fogo, serpente,
tempestade, um
beijo ardente;