Nuances - A dualidade do ser - LXXXVII
... neste instante
me pergunto:
- Quando isso
tudo vai passar?
Quando inventei
nosso céu azul
você passeava por
lá e deixava o frio de
sua alma em
outras pontes,
também não havia
anjos que atrapalhassem
nossas tempestades
de verão;
agora, um inverno
habita nosso paraíso
e alguns marimbondos
ciscam em nossas nuvens,
e eu regresso
ao chão e beijo
a terra seca.
Não há sentido
no sol que toca
meu corpo,
- falta você
nessa superfície
lamacenta.
Boneca de barro
em dores de parto.