Nuances - A dualidade do ser - LXXXV
... nem ele mesmo
sabe o porquê se
esconde em recantos,
ruas sombrias e salas
sem nexos,
anda por lá
fingindo crer
que os castelos
das mariposas e dos
marimbondos podem
aliviar suas úlceras
em cascatas de
estupidez;
mas eu sei,
(Ah! Como sei!)
que nos fins das
noites ele abre
uma porta para me
visitar
e abraçado
a mim esquece
seus passos frios
e seu olhar seco.
Ah! Como sei
que ambos despejam
suas águas nas
margens um dos
outros!