MIRTES E A SEMENTE DO FALSÁRIO II

Não há chance para

o que veio perdido.

O sintoma da fraqueza

beira ver os pássaros

sem pena, caminhando

com um livro na mão.

No mar não se avista

terra segura nenhuma.

A ilha é o único refúgio

do medo correndo a frente

construindo um futuro.

E já havia quem morasse

nela e sabia como sentir

o gosto da alma ferida.

Da mais nova vida que

escondida dentro de si

poderia ser partida ,

repartida , tornado nos

outros toda fuga contida

que nela ainda vibra

quando a dor aparece

diante da verdade , de

qualquer verdade dos

percalços pedaços que

sobraram do espírito morto.

É onde o clérigo virulento

traz um jarro de água

dizendo que sua fronte

será ungida pela benção

dos irmãos corrompidos,

estúpidos corpos vendidos,

fragmentos do que foram

vive no que acreditam.

Podem matar quem cresce

fora da cerca de espinhos

onde o sangue de tal Cristo

escorre todos os dias.