Defecando
Defecando.
Por: Guido campos
Defeco o pensamento que veio como um feto.
Escorre pelo rabo, o asco que sinto, e me sinto aliviado.
Têm um cheiro horrível...
Essa sociedade no fundo desta água, protegida pela carniça da desigualdade.
Coragem que se torna refém, no discursos dos soldados do além.
Aperto e ela vai...vai...se vai.
Roda, roda, e entope, era forte.
Um cheiro forte, sentimento forte.
Um corte no tempo e espaço.
Me falado olhando fixo para o vazio e escuro vago.
As impurezas estão ali, lá, aqui...
Círculos infinitos de um mundo sem juízo.
Esmagando, abafando, afogado pelo desentupidor.
Com a merda se vai o passado e a minha dor.