À beira do mar nas tuas janelas
Estou sentada à beira do mar
Que se esvai de tuas janelas
Enquanto suas ondas
Me alcançam devagar
Banhando-me sucessivamente
Me trouxeram para mais perto de ti
Tuas àguas
Já alcançam minha cintura
E teu barquinho de papel
Docemente construído
Já está ao alcance
Das minhas frágeis mãos
Porém minha cabeça
Não é mais algodão doce
E meus sonhos
Não são tão coloridos
Reside no relógio
A fênix e o falcão
Amarrada ao teu barquinho
Miro teu mar
Desejando me render
Sepultando nessas àguas
O que não pode florescer
Deve morrer