Nuances - A dualidade do ser - LXI
Algo bate à porta,
mas o homem
dorme abraçado no
seu céu de ilusões,
algo bate à porta,
mas o homem está
em seus sonhos
perdido no seu
castelo sem chão,
algo bate à porta,
mas o homem
está perdido no
seu universo
desconhecido,
algo bate à porta,
mas o homem não
conhece seu próprio
ser,
algo bate a porta,
mas o sono é
tão profundo;
algo bate a porta,
mas o homem
desconhece seu
estado de latência;
sonâmbulo o homem
anda,
abre as porta de seus
abismos,
abre as portas de
seus infernos,
abre as portas de
sua não aceitação;
lamentável homem:
não sabe abrir as
portas de si mesmo!