Poeira e Cinza
Soprei a poeira
Que estava solta em minhas mãos
E o vento dançou com ela no ar
Enquanto meus olhos marejados
Fitavam meu mar
Que aos poucos
Invadiam meus poros
E peineiravam o sal sobre a pele
Tornando a àgua pura
Dentro de mim
Respingos de jasmim
E então me tornei uma chama
Que vivia contida
Fogo labareda
Que me consumia
Neste chão espelhado
Onde residia as prateleiras
Que guardei dos olhares curiosos
Enquanto minha chama
Torva-se em cinzas
Morrendo aos poucos
Entre as páginas