Na porta do meu eu
Sentei a beira do precipício
Enquanto a luz se acendia
Por sobre a minha cabeça
Abri a porta de vidro
E me vi no espelho escondido
Da minha lembrança
Lancei mão
Do meu sangrento coração
E apertei-o em lamentos
Enquanto subia os degraus
O nevoeiro se dissipava
E eu podia ver no final
Daquela escada
O sol sorrindo pra mim