Ilusões fantasmagóricas

No mar das ilusões da minha vida.

Navegando por terras longínquas.

E serei eternamente uma errante.

Arrastando pedaços, de outras vidas vividas.

O cansaço não me tolhe, nem desnuda.

Pois minha alma, recolhe as vilezas.

E as vozes que me atordoam, contam lendas.

De outros povos e de outras gentes.

E os paraísos náuticos onde ondeiam,

criaturas transparentes, que flutuam.

E há vozes das profundezas, que me envolvem,

e o seu chamamento me cativa.

E olho do meu barco de ilusões,

que o destino tentou atraiçoar.

Agarro-me a franjeis condições.

Em que num mar sem fundo, ando a navegar.

Desprendo-me das velas esfarrapadas.

Que o vento se encarregou de desfazer.

E eu, que sobrevivi ao naufrágio,

a que a tempestade me quis acorrentar.

agarro-me aos destroços que já não são nada,

de um mar que me quis arrebatar.

Mergulho fundo no encantamento.

Que o entardecer, torna fecundo

de miragens de mundos perdidos.

Que nas profundezas estão a evoluir.

Meus olhos que de luz se extasiam.

Antevêem criaturas saltitantes.

De formas grotescas aberrantes

de florestas de algas verdejantes

Furtivas viscosas envolventes

Serpenteando á minha frente

Rodeando-me de reste-as de aureolas refulgentes.

Com mantos de soberanias tão distantes.

Nimbas e adornos cintilantes.

E coroada sou como rainha desse reino,

Por mãos de sereias ricamente adornadas

Risonhas felizes e aprazíveis

Cantando maravilhosas serenatas

que eu imaginei, na procura da felicidade,

nas profundezas do mar das minhas ilusões.

E enfim na paz adormeci.

De tortuoso sonho tenebroso.

Com final que me pôs em alvoroço.

Pois rainha acabei por ser.

De tta

28-09-07

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 28/09/2007
Código do texto: T671744
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.