Nuances - A dualidade do ser - XX
"... enquanto passeias
triste no meio de teus
risos dissimulados
eu apenas silencio
para te ver
- na tua verdade
tão sobria."
Aprendi,
meu caro céu
azul celeste,
que não é sábio
acordar os tolos,
tampouco apontar
as montanhas
aos cegos,
por isso
estou aqui
escondida num
vazio desigual,
valho-me
no instante em que
tua presença se faz
ausência,
acalento-me,
meu azul, na
esperança de
ver-te sorrir
quando beijares
a verdade derramada
no seu mais franco
refúgio.
Continuo
deserto!