Claro como um cristal
A verdade da pedra original
Observo um ser normal

Nada de inédito
Paredes de concreto,
tempestades soltas
Coração do tamanho exato,
suaves e crus atos

Paixão acaba ou não
O amor não é tão concreto como se queria
Decide-se rumos,
independente de resultados
Porque se não, nem valeria
Ontem é passado,
tanto faz se doce ou amaro
Clarezas expostas ao meio-dia com toda a visão
Vida dentre chuvas e aridez,
luas e sóis,
amenos ou não
Verões claros,
invernos densos,
primaveras gentis
e outonos vermelhos

Quem faz o tempo de cada um é cada um mesmo
Porque o próprio tempo passa por cada um sem nem se importar
Como o ar puro ou poluído,
ardendo ou refrescando
Pra quem tanto faz... (cio)

As verdades estão expostas
Barulhos enchem o ambiente de sons
Só se resume vida em becos sem saídas
As lágrimas acontecem ou não, indiferentes

E lá vem a contradição...
Olhar e entender o quê
Já que nada se quer saber
Nem tampouco ver.