O era hoje do amanhã
O era hoje do amanhã
Sorriu carinhosamente para o infinito
Perdido na ampulheta
Onde a tempestade de areia
Se rebelava contra o tempo
Em um quente tango
Onde o verão beijava o inverno
No doce cair da primeira folha
Que o outono presenteiava a terra
Já de olho na primavera
O era hoje do amanhã
Sorriu carinhosamente para o infinito
Quando o dia valsava com a lua
Que no crepúsculo teimosa
Brechava entre as nuvens
Criança curiosa
Procurando ser a coadjuvante
Quando o sol era protagonista
Ela se escondia tímida
Observando o fim do dia